Foi publicado em Paris em agosto de 1865.
O trabalho consiste em duas partes:
No primeiro estudo, Kardec realiza um exame crítico apontando contradições filosóficas e inconsistências com o conhecimento científico, que acredita serem superadas pelo paradigma espiritualista da crença fundamentada. São expostos vários temas – causas do medo da morte, por que os espíritas não temem a morte, o céu, o inferno, o inferno cristão imitado dos pagãos, os limbos, uma imagem do inferno pagão, esboço do inferno cristão, o purgatório, a doutrina da penitência eterna, regras de punição da vida futura, anjos segundo a igreja e espiritismo. Abrange também vários pontos relativos às origens da crença nos demônios, segundo a Igreja e o Espiritismo, a intervenção dos demônios nas manifestações modernas e a proibição de invocar os mortos.
No segundo estudo, há dezenas de diálogos que teriam sido estabelecidos entre Kardec e diversos espíritos, nos quais eles contam as impressões que trazem do além-túmulo e como se deu o processo de experiência extracorpórea para pessoas de diferentes tipos de caráter. A segunda parte deste livro é dedicada ao pensamento; Kardec coletou diversos casos de casos reais, para demonstrar a situação da alma durante e após a morte física, proporcionando ao leitor condições suficientes para que ele compreenda o funcionamento da lei de causa e efeito, em perfeito equilíbrio com as leis divinas; portanto, esta parte contém histórias de fantasmas felizes, fantasmas infelizes, fantasmas em circunstâncias normais, sofrimento, suicídio, criminosos e fantasmas endurecidos.
Céu e Inferno põe à disposição de todos o conhecimento do mecanismo pelo qual se processa a justiça divina, de acordo com o princípio evangélico: “A cada um segundo as suas obras”.